
Olho as curvas que chegam do horizonte
E que se jogam brancas na areia cálida
Acariciadas pelo sol da primavera...
Elas trazem consigo a minha vida.
Olhos nas águas que cantam revoltas
Brinco, mimos de sonho, como criança
Amamentada pela chuva do outono...
Estas trazem consigo a minha vida.
Não fosse hoje ou amanhã, seria ontem
E minha face alegraria mesmo pálida
Só de saber, mesmo distante,que ainda eram
As águas da minha vida.
Corpo tão preso,mas a alma solta
Dentro guardada vive a esperança
Poder tocar, sentir o abandono
Das águas da minha vida.
De Jacqueline Aisenman