demorado na chegada
Amargo como as lágrimas
derramadas na face
de quem vai
de quem fica
na despedida
Calmo como o silêncio
nas pegadas gigantes do
sol sobre as maravilhas
do cosmo
É cantor e canta para todos
mas alguns não ouvem
Alegra-se quando ouve
palavras simples e sinceras
e angustia-se com certos
discursos retóricos...
Tropeça à beça
mas nunca cai
a força do amor o sustenta
fica depressivo
mas logo se recompõe
Chora por pouco
sangra com qualquer ferimento
apieda-se por dores objetivas
Caminha rapidamente paralelo
à máquina do tempo
procura ignorar sistema de medida
para sofrer menos
Renasce quando vê um broto
semi-morto engatinhar entre
as folhas dizimadas e despontar
num tronco inanimado
É muito sensível
não sente a vida só externamente
toca-lhe profundamente na alma.
(Homenagem ao autor João Abel dos Santos )
2 comentários:
Grazie per poter leggere questa poesia che apre anche il mio cuore e tocca anche la mia anima.
Buona domenica cara amica.
Kati
Soltos aromas a terra molhada
A geada cobre o ventre da ilha
Dos golfinhos só resta a lembrança
Do alto um milhafre contempla a maravilha
Subi ao sítio mais alto
Contemplei no longe Santa Maria
Desci ao vale a caminho do sul
Fechei os olhos ao que sentia
Sete são os sortilégios
Sete são as dores sentidas
Sete eram os filhos de pé descalço
Sete eram as almas perdidas
Boa semana
Doce beijo
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